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Administrador por profissão Um cearense como tantos outros que deixaram a boa terrinha para ganhar a vida em São Paulo. Bem humorado como todo cabeça chata.

15 de set. de 2011

O casal

Costumo dizer que quem escreve pouco cria, no muito talvez apenas enxergue as coisas cotidianas por um prisma diferente. No meu caminho de casa para o trabalho e vice e versa – e eu não costumo mudar meus caminhos – não raro encontro um casal já maduro, eu diria que com netos já crescidos, mas o que me chama a atenção é a maneira como eles se tratam. Ao subirem no ônibus, o marido sempre atrás a amparar a esposa. Seguem viagem de mãos dadas em conversa sussurrada ao pé do  ouvido, na descida  o marido, mais uma vez a ampara-la, adianta-se para dar-lhe a mão como um moderno cavalheiro. Certa vez eu presenciei uma brincadeira do marido. A esposa estava sozinha no ponto de ônibus e ele chegou sorrateiramente por trás e deu-lhe um susto. É... as vezes precisamos fazer   dessas coisas... só para ganhar um abraço.  E  ao cruzarem meu caminho, meu dia fica mais  cheio de lirismo, enche-me o peito de esperança de que é possível sim, viver uma vida inteira juntos. Sem perder a ternura jamais.

2 comentários:

Érica Fontenele disse...

é, isso é muito lindo mesmo! não esperemos chegar a velhice para agirmos assim...

Lu Fontenele disse...

Concordo. bjs