Quem sou eu

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Administrador por profissão Um cearense como tantos outros que deixaram a boa terrinha para ganhar a vida em São Paulo. Bem humorado como todo cabeça chata.

5 de out. de 2011

Rompantes

Estou cá em minha mesa de trabalho, pensando mais na vida do que no trabalho. Tarde fria de final de inverno na cidade de São Paulo, o céu se mostra cinza. Que saudades de minha boa terrinha com seu céu  azul, onde o sol brilha o ano todo com uma claridade dourada que só Fortaleza tem. Mesmo nessa tarde acidentada, não me deixo abater pelo tempo nublado que pode influenciar no estado de espirito de alguns, mas não no meu. Quando escrevo tudo muda, e se o mundo lá fora se apresenta sem cor, posso decidir que o meu mundo seja bem diferente, minha imaginação não tem limites e a realidade é bem menor do que cabe na tela de meu computador. Se é dia, posso fazer virar noite, se chove, faço as nuvens sumirem e tudo se  ilumina com  a luz mais intensa do sol mais brilhante. Quando escrevo posso me dar ao luxo de ter esses rompantes – querer ser Deus -  e talhar a realidade conforme minha vontade. Que delicia que é quando as palavras fluem pelos meus dedos, vindas não sei de onde, sigo como um médium em transe a dedilhar no teclado do computador palavras que não fazem sentido, sentimentos longínquos, saudades de amigos distantes, lembranças de eras passadas. Viajo por um mundo só meu, imagino ser um grande musicista a tirar os mais incríveis sons num grande piano de calda. Nesses momentos, quando escrevo, me vem uma vontade louca de dançar, de cantar, de colocar no papel o mais belo poema jamais escrito pelo mais genial escritor. – essa a mais bela palavra - Porém a realidade me chama, o dia continua cinza. Por mais prazeroso que seja escrever paro por aqui, senão pode aparecer outro com rompantes de Deus – chefe no trabalho sempre aparece – assim fico com a sensação de que quem manda na minha vida e no meu tempo ainda sou eu.

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